Eu posso não ter mais a aprovação do mundo todo sobre o meu maternar.
Eu posso acordar todos os dias com uma pessoa dizendo que não sou boa mãe.
Eu posso aguentar calada os dias difíceis sem vocês do meu lado, e fingir tentar me acostumar com isso.
Eu posso as vezes até esquecer como os primeiros três anos foram extremamente exaustivos e desgastantes.
Noites em claro, peito rachando, bico do peito caindo, choros e mais choros, dieta restritiva pra seguir amamentando, rotina e rotina, introdução alimentar, dias de solidão só eu e vocês… e a culpa.
A culpa que nasceu junto com vocês e que eu sei que nunca vai embora.
Afinal, a grama da vizinha é sempre mais verde, né? E eu não to falando de grama.
Como será que as pessoas se sentem no direito de “avaliar” se a outra é boa mãe ou não? Julgar, apontar, dedo? Pra quê? É maluco isso né? Ainda mais por aqui onde postamos apenas recortes do nosso dia.
No meu ponto de vista todo julgamento é na realidade uma espécie de confissão.
A culpa, os dedos apontados, nos deixam esquecer a verdade, o que realmente fica pra vidinha deles.
O que realmente importa.
Eu posso não ser a melhor mãe do mundo aos olhos dos outros, mas dou todos os dias o meu melhor pelos meu filhos, e no fundo eu sei que isso basta.
Texto : @taliramos
Postei essa visão da Talita porque acredito ser a visão de todas as mães e as palavras dela falam toda a realidade e o que realmente importa.
Alissa Stepien